Os precatórios de 2027 representam dívidas que o poder público deve pagar após decisão judicial definitiva. Entretanto, o pagamento não ocorre automaticamente. Antes disso, o tribunal precisa inscrever o título na Lei Orçamentária Anual.
Quando o credor acompanha esse prazo, ele aumenta as chances de receber no exercício correto. Por outro lado, quando ignora a data limite, ele aceita o risco de adiar o pagamento por pelo menos um ano.
Por isso, a inscrição no orçamento assume papel central no planejamento financeiro do credor.
O que é a data limite de inscrição de precatórios
A data limite de inscrição corresponde ao prazo final para apresentar o precatório ao tribunal, permitindo sua inclusão no orçamento do ano seguinte.
Na prática, o funcionamento é simples:
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O tribunal inclui o precatório no orçamento quando o credor apresenta o título dentro do prazo;
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Em contrapartida, o tribunal exclui o título do orçamento quando a apresentação ocorre fora do prazo.
Dessa forma, o cumprimento da data define o exercício financeiro do pagamento.
Como as emendas constitucionais alteraram esse prazo
Inicialmente, a Emenda Constitucional nº 114 alterou o artigo 100 da Constituição Federal e fixou o prazo de expedição dos precatórios em 1º de abril.
Contudo, o legislador avaliou os impactos práticos dessa regra. Por esse motivo, a Emenda Constitucional nº 136/2025 antecipou o prazo final de inscrição.
Com essa mudança, o texto constitucional passou a considerar o recesso do Judiciário e a suspensão dos prazos processuais. Assim, o sistema ganhou mais previsibilidade e organização administrativa.
O texto atualizado da Constituição está disponível no site oficial do Planalto.
Qual é a data limite para inscrição dos precatórios no orçamento de 2027
Atualmente, o prazo final para inscrição dos precatórios de 2027 é 1º de fevereiro de 2026.
O Tribunal Regional Federal da 1ª Região (TRF1) confirmou essa data e orientou as unidades jurisdicionais a ajustarem suas rotinas internas. O tribunal adotou essa medida porque o recesso forense ocorre entre 20 de dezembro de 2025 e 20 de janeiro de 2026, período em que os prazos ficam suspensos.
Assim, o TRF1 antecipou o prazo para evitar atrasos e falhas na consolidação do orçamento.
A comunicação oficial está disponível no portal do TRF1.
Como essa mudança afeta diretamente o credor
Essa alteração exige atenção imediata do credor. Quando ele não inscreve o precatório até 1º de fevereiro de 2026, o tribunal deixa o título fora do orçamento de 2027.
Como consequência, o pagamento só poderá ocorrer em 2028.
Além disso, o atraso gera efeitos práticos relevantes:
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O credor perde previsibilidade financeira;
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O planejamento pessoal ou empresarial fica comprometido;
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O tempo de espera pelo valor reconhecido judicialmente aumenta.
Por isso, o acompanhamento do processo reduz riscos e evita surpresas.
O papel ativo dos advogados e do Judiciário
Os advogados precisam agir de forma estratégica. Eles devem antecipar pedidos de expedição, acompanhar prazos com rigor e orientar seus clientes com clareza.
Da mesma forma, as secretarias judiciais precisam ajustar seus fluxos internos. Quando elas organizam melhor seus procedimentos, garantem a inscrição correta dos títulos dentro do prazo constitucional.
Assim, a atuação conjunta assegura mais eficiência ao sistema.
O que acontece quando o prazo não é cumprido
Quando o credor perde o prazo, o efeito é automático. O tribunal não inscreve o precatório no orçamento de 2027, independentemente do valor ou da natureza da dívida.
Consequentemente, o credor precisa aguardar o próximo exercício orçamentário para ter o pagamento incluído.
A definição da data limite para inscrição dos precatórios de 2027 reforça a importância da atuação ativa do credor. Com o prazo fixado em 1º de fevereiro de 2026, acompanhar o processo deixou de ser opcional.
Portanto, quem entende as regras, acompanha os prazos e age com antecedência aumenta significativamente as chances de receber no tempo correto.
Se você possui um precatório e deseja avaliar se o seu título está dentro do prazo correto de inscrição, buscar orientação especializada pode evitar atrasos e decisões mal planejadas.



